quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Tesoura de 50 bilhões

Call de 10 de Fevereiro

Ainda com o pregão em andamento, o ministro Mantega anunciou um corte de R$ 50 bilhões no orçamento do governo. É uma medida de redução de gastos (política fiscal) para ajudar a combater a alta da inflação. Mas o mercado não gostou. O Ibovespa acentuou a queda para fechar em baixa de -2,36% aos 64.217 pontos. Os juros dos contratos futuros fecharam em alta. A "tesourada" de R$ 50 bi veio dentro das expectativas. O que deu errado? O mercado pode reagir?

A Bovespa é muito dependente da participação do capital estrangeiro, cuja presença define a sua tendência, seja de alta ou de baixa. A queda acentuada do Ibovespa (-10,0% desde o fechamento de 12 de janeiro) é decorrente da "debandada" deste capital. Ele teme novas medidas (inclusive um novo aumento de IOF para os estrangeiros) e ao mesmo tempo aguarda os resultados das medidas já adotadas. O anúncio de ontem já estava "precificado" (não foi novidade) e o rompimento de níveis de "stoploss" de papéis importantes só acentuou as perdas.

O Ibovespa está próximo do suporte em 63.800 pontos (e portanto sempre existe uma expectativa de reação), mas o forte viés baixista deve levar o índice para os próximos níveis de 61.000 e (pior cenário) eventualmente a 58.000 pontos. Os índices setoriais apresentam padrões de continuidade da baixa e reforçam as sinalizações baixistas. O momento é de muita cautela. As bolsas internacionais estão "supercompradas" e uma correção agora só vai ajudar o Ibovespa na sua trajetória "ladeira abaixo". Hoje preferimos ficar "fora do mercado", não há justificativas técnicas, seja para comprar ou para vender. Veja o vídeo com a análise dos principais indicadores.

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