quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Ano Velho, Ano Novo


O Ibovespa fechou em baixa de -1,27% aos 67.870 pontos. Com esta queda voltou  a ficar negativo em -1,05% no acumulado anual. O ano está acabando, e mesmo que ocorra uma recuperação, dificilmente a Bolsa vai render mais que outras alternativas de investimento. Quem comprou as principais bluechips no final do ano passado (depois de um lucro astronômico de +82,66% em 2009) e manteve a carteira ("buy & hold"), não vai comemorar 2010. O ganho esperado, se houver, foi adiado para 2011. Ou para 2012, ou 2013, ou 2014...

Após o fechamento de ontem a PETR4 acumula prejuízo de -28,93%, mas a VALE5 tem um ganho anual de +21,71%. No setor de consumo a LAME4 está negativa em -1,64%, mas a LREN3 acumula ganho de +47,64%. Entre as "small caps" a POMO4 é o grande destaque positivo com +115,42%. Na análise "retrospectiva" é muito fácil justificar as perdas e os danos. "Devia ter escolhido tais e tais ações. Como fui burro! Ou, como fui sortudo!"
A verdade é que não dá para saber o que vai acontecer em um ano. Os cenários mudam com muita frequência e cada vez mais rápidos. E se aumentar o prazo, só piora. Você sabe como vai estar o mundo daqui a 5 anos?
A alternativa é investir de forma mais ativa, com prazos mais curtos. Dá mais trabalho, mas também há mais oportunidades (fundamental). Isso não significa "ficar grudado" no terminal acompanhando a Bolsa em tempo real. É muito estressante e pouco produtivo. Vale mais fazer uma análise diária, com a tranquilidade dos "gráficos estáticos".Fique posicionado alguns dias, ou quem sabe até algumas semanas. As oportunidades surgem o tempo todo. Não "case" com o papel.

Depois do exposto acima, posso apenas prever que 2011 vai ser mais um ano de muito trabalho e dedicação no acompanhamento diário dos mercados. Este ano, e particularmente nos últimos meses adotei um novo paradigma para a análise e recomendações de ações, seja no conteúdo ou na forma. O "feedback" foi muito positivo, e é a minha principal motivação para continuar e aprimorar o serviço em 2011. Mas agora é hora de um descanso. Volto em 3 de janeiro. Por ora, fica o meu agradecimento a todos os que acompanham este blog, e o convite para um novo "convívio" diário no próximo ano.
Um grande abraço a todos e um brinde a 2011! (com um bom vinho tinto!)


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Small Caps


Após dois pregões consecutivos de alta, o Ibovespa voltou a fechar em baixa de -0,55% aos 68.743 pontos. O índice se descolou do Dow Jones que fechou em alta de +0,42% (nova máxima anual). O motivo do deslocamento pode ser a "briga" entre comprados e vendidos no índice futuro cujo vencimento ocorre no pregão de hoje. Os vendidos pressionam as principais bluechips da bolsa, pois são as ações com maior peso no cálculo do Ibovespa. Na próxima segunda-feira é a vez do vencimento de opções de Petrobrás e Vale. Novamente entra em jogo uma disputa onde os principais protagonistas são as duas principais bluechips da Bolsa.
"Do lado de fora", como ilustra a foto de Thomaz Farkas (Estádio do Pacaembú - 1941), as pequenas empresas não participam diretamente deste jogo. O índice Small Caps (SMLL) fechou em alta de +0,26%. No ano o SMLL acumula uma valorização de +20,10% contra +0,23% do Ibovespa. O índice tem uma participação de apenas 15% do valor de mercado da Bolsa, mas isso não significa pouca liquidez ou reduzido número de negócios. Muitas "small caps", como por exemplo as do setor imobiliário, tem um "free-float" bastante elevado (percentual de ações efetivamente negociado no mercado) e que dá liquidez para negociações de curto prazo.

As "small caps" podem ser uma opção para acompanhar o cenário mais positivo lá fora. Há boas oportunidades para alguns papéis que caíram muito e agora demonstram uma reação compradora. São operações "contra a tendência" e por tanto de maior risco (veja algumas indicações no vídeo abaixo).

As recomendações são baseadas em uma análise subjetiva, o investidor deve avaliar cada uma delas de acordo com o seu perfil de risco; cabe a cada investidor a decisão final e a responsabilidade pelos resultados.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Rally de Natal?


O Ibovespa fechou em alta de +1,15% aos 69.126 pontos. A VALE5(+1,84%) e o setor siderúrgico reagiram positivamente às notícias vindas da China (não vai subir os juros), e agora temos uma real possibilidade de um "rally" de final de ano, quem sabe antes do Natal. O Ibovespa se aproximou novamente da sua média de 20 dias (referência de resistência) e tem grande chance de ultrapassá-la. A alta de ontem não foi generalizada, mas além da siderurgia (diretamente afetada pela China), outros setores como o imobiliário também sinalizaram forte reação compradora.
No "front" externo o índice Dow Jones voltou a fazer uma nova máxima anual, mas recuou no final do pregão. Mesmo assim fechou com alta de +0,16%. O gráfico do Dow Jones tem um viés mais positivo do que o gráfico do Ibovespa. Se depender de Nova York, o viés positivo do Ibovespa fica mais forte. Na agenda de hoje, o senado norte-americano deve aprovar a prorrogação do corte de impostos por mais dois anos (vai estimular o consumo). Mais tarde, às 17:15 horas de Brasília, o mercado aguarda um comentário do FED, ao final de mais uma reunião em que deve manter a taxa básica de juros. Se não houver nenhuma surpresa (negativa), os mercados devem subir e quem sabe manter a "tradição" do "rally" de final do ano.

No cenário de aposta na recuperação dos mercados, há boas oportunidades para alguns papéis que caíram muito e agora demonstram uma reação compradora. São operações "contra a tendência" e por tanto de maior risco (veja algumas indicações no vídeo abaixo).

As recomendações são baseadas em uma análise subjetiva, o investidor deve avaliar cada uma delas de acordo com o seu perfil de risco; cabe a cada investidor a decisão final e a responsabilidade pelos resultados.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O jogo é parecido, mas a estratégia é bem diferente


O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira em alta de+0,68% aos 68.342 pontos. Os compradores finalmente reagiram depois de 4 quedas consecutivas e assim defenderam o suporte de 67.700 pontos. Nos EUA o Dow Jones fechou em alta de +0,35% e se aproximou novamente da máxima do ano. Os indicadores econômicos nos EUA e Europa favoreceram a alta nos mercados. A alta foi modesta devido a preocupações com a China. No sábado a China divulgou a inflação de novembro. O índice anualizado de 5,1% veio acima do esperado (+4,7%), mas o governo sinalizou que não vai aumentar os juros (ao menos por enquanto). A justificativa é de que a taxa chegou ao topo e deve diminuir já no próximo mês. No pregão desta segunda-feira, o índice da Bolsa de Shangai fechou com expressiva alta de +2,88%. Se a preocupação era o aumento de juros na China...
É claro que não é tão simples assim. A lógica dos mercados é mais complexa. A China sob muitos aspectos ainda é um mistério. O modo de pensar é diferente. Os jogos são parecidos, mas não são os mesmos. O xadrez chinês também tem as mesmas 16 peças do jogo ocidental. Mas o movimento de cada peça é diferente. Em vez de um rei, há dois generais. Isso muda toda a estratégia. Eles não pensam como a gente.

No cenário de aposta na recuperação dos mercados, há boas oportunidades para alguns papéis que caíram muito e agora demonstram uma reação compradora. São operações "contra a tendência" e por tanto de maior risco (veja algumas indicações no vídeo abaixo).

As recomendações são baseadas em uma análise subjetiva, o investidor deve avaliar cada uma delas de acordo com o seu perfil de risco; cabe a cada investidor a decisão final e a responsabilidade pelos resultados.