sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Envolvente de Baixa

Call de 25 de Fevereiro

O Ibovespa fechou estável em +0,06% aos 66.949 pontos. Nos EUA, o índice Dow Jones se recuperou no final do pregão para fechar em pequena baixa de -0,31%. Depois de duas fortes altas (veja o gráfico acima), o contrato de petróleo (NYMEX) fechou em baixa. Apesar do agravamento dos conflitos na Líbia, os demais produtores garantem que não faltará petróleo (por enquanto). A notícia repercutiu imediatamente nos papéis da Petrobrás, que fecharam em baixa. O gráfico (acima) da ETF que acompanha as cotações da NYMEX formou a figura "envolvente de baixa" na proximidade da banda superior (Bollinger). É um forte padrão de reversão da alta e sinaliza uma queda do petróleo (ou um limite de máximo), ao menos no curto prazo.

Hoje o pregão vai repercutir o lucro (aproximadamente R$ 30 bilhões em 2010) da Vale. Ontem VALE5 fechou no "zero a zero", mas dada a proximidade em relação ao fundo mais recente, e estimulado pelos resultados, pode voltar a subir e formar o padrão "fundo duplo" (figura altista). Após o fechamento do mercado, é a vez da Petrobrás divulgar o seu balanço. A expectativa é positiva, e pode estimular a retomada do recente movimento de alta. Veja a análise gráfica destes papéis no vídeo abaixo.

Aviso As recomendações de compra e venda são o resultado de uma avaliação subjetiva. O investidor deve tomar as suas próprias decisões de acordo com o seu perfil e assumir toda a responsabilidade pelas suas operações.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Balanços

Call de 24 de Fevereiro

O Ibovespa fechou em alta de +0,71% aos 66.910 pontos.A recuperação do índice após 2 pregões de queda descolou de NY que voltou a cair; o índice Dow Jones fechou em baixa de -0,88%. A situação na Líbia se agrava a cada dia, e o preço do petróleo continua a subir muito rápido. Ontem o barril do petróleo WTI (NYMEX) ultrpassou a marca de US$ 100, já se fala em atingir o nível de US$ 200. Se a crise se alastrar para outros países produtores, a redução da oferta vai impactar a recuperação econômica nos EUA e Europa (e assim vai afetar todo o resto do mundo). É aí que mora o perigo.

Pesou na recuperação do Ibovespa a alta das principais blue chips, PETR4 +3,38% (PETR3 +4,66%) e VALE5 +1,97%. A justificativa para a alta dos papéis da Petrobrás parece óbvia, mas tem uma componente comum com a alta da Vale. Hoje, após o fechamento do mercado será divulgado o balanço da Vale, e amanhã será a vez da Petrobrás. A expectativa é bastante positiva para ambas as empresas, e isso justifica uma alta antecipada e com volumes bastante expressivos (posicionamento dos grandes players).

Por outro lado, a reação do mercado após a divulgação dos balanços costuma ser bastante imprevisível. Se vier dentro da expectativa, mesmo que o lucro seja expressivo, a tendência é de uma realização de lucros imediata (com a premissa que subiu antes da divulgação do resultado). Se vier com prejuízo ou aquém das expectativas, aí então é que vai cair forte; é o caso das quedas de USIM5 -5,18% e GOLL4 -4,78% no pregão de ontem.

E quando sobe? Quando o resultado surpreende o mercado positivamente (não ocorreu uma alta antecipada). Ontem à noite e agora de manhã foram divulgados resultados bastante positivos (o comparartivo é com o último trimestre de 2009). É uma oportunidade para reagir positivamente no pregão de hoje: VIVO4, PCAR5, UGPA4, NATU3 e POMO4. Confira os gráficos no vídeo abaixo.

Aviso As recomendações de compra e venda são o resultado de uma avaliação subjetiva. O investidor deve tomar as suas próprias decisões de acordo com o seu perfil e assumir toda a responsabilidade pelas suas operações.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tubarão!


Call de 23 de Fevereiro

O Ibovespa fechou em baixa de -1,22% aos 66.440 pontos. A queda foi generalizada. Não fosse a alta das ações da Petrobrás (beneficiada pelo aumento do petróleo), a baixa teria sido muito mais significativa. Nos EUA, a volta após o feriado foi fortemente vendedora. O índice Dow Jones fechou em queda de -1,44%, o S&P -2,05% e o Nasdaq -2,74%. O petróleo negociado na NYMEX disparou +8,55%. O preço das commodities agrícolas (especialmente os grãos) tiveram fortes quedas na bolsa de Chicago.Com a perspectiva de uma nova crise internacional, houve reallização de lucros nos mercados que sustentam altas históricas (ações e commodities).

Apesar do Ibovespa já sofrer um processo de correção (está negativa em -4,13% no ano), aumentou a chance de vir a testar novamente o fundo recente dos 63.800 pontos (uma queda aproximada de -4,0%). No pior cenário, vai buscar os 61.000 e depois os 58.000 pontos (valor de maio de 2010). A recente recuperação (2a e 3a semana de fevereiro) não conseguiu romper resistências importantes e já sinaliza uma reversão e a retomada da tendência de baixa. Dá para observar estes padrões de reversão na maioria dos índices setoriais.

Além da baixa, é importante observar um expressivo aumento de volume no pregão de ontem.A PETR4 negociou mais de R$ 1 bilhão e a VALE5 mais de R$ 900 milhões. O aumento de volume foi generalizado entre os principais papéis negociados na bolsa. É um sinal da maior presença do capital estrangeiro e das instituições (fundos de pensão, seguradoras). Entretanto a volta dos "tubarões" (grandes "players" que determinam a tendência do mercado) ocorre a favor do lado vendedor (com a exceção das ações da Petrobrás). O investidor pessoa física ("sardinha") precisa ficar atento, ou vai ser "engolido".  O mar não está para peixe pequeno e a realidade é bem diferente da ficção (veja o vídeo com um resumo bem humorado do filme "Tubarão"). A volatilidade tende a aumentar nos próximos pregões. A relação retorno/risco não é atrativa para novos posicionamentos, seja na compra ou na venda.Veja o vídeo com a análise dos principais indicadores da Bovespa.

Aviso As recomendações de compra e venda são o resultado de uma avaliação subjetiva. O investidor deve tomar as suas próprias decisões de acordo com o seu perfil e assumir toda a responsabilidade pelas suas operações.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Valor Estratégico

Call de 22 de Fevereiro

Tobruk situa-se na costa da Líbia, junto a uma ampla baía de águas profundas. É, portanto, um dos melhores portos naturais da costa norte-africana, o que lhe dá um imenso valor estratégico como centro de abastecimento. Foi disputadíssima durante toda a Segunda Guerra Mundial.O marechal alemão Rommel ("A raposa do deserto") conquistou a cidade (e o porto) em junho de 1942. Mas a sua tentativa de avançar até o Egito fracassou. Na primeira batalha de El Alamein, o Afrika Korps foi contido e derrotado pelos ingleses.
Setenta anos depois o mundo olha novamente para Tobruk. Lá estão os oleodutos e as refinarias de petróleo que abastecem boa parte da Europa. Sem dúvida, um novo e poderoso valor estratégico.

O Ibovespa fechou em baixa de -1,19% aos 67.258 pontos. O feriado em NY influiu no volume (apesar do vencimento das opções), um dos mais baixos das últimas semanas. O Ibovespa acompanhou as bolsas européias que também fecharam em baixa. A crise na Líbia (importante produtora de petróleo) se agrava a cada dia, e levou o preço do petróleo às alturas. Hoje com a reabertura de NY, os principais índices das bolsa americanas (futuros) operam em baixa. A nível interno, existe a expectativa da divulgação de detalhes do corte de R$ 50 bilhões no orçamento da união. Vai dar para saber quais setores econômicos serão mais afetados ou não. Ontem Dilma reafirmou o seu compromisso com o "Minha Casa, Minha Vida" (o que pode favorecer o setor imobiliário). É melhor aguardar fatos novos, pois o cenário internacional não recomenda novas posições de compra. Talvez seja o momento de realizar eventuais lucros. Veja no vídeo abaixo, a análise técnica dos principais destaques da Bovespa.

Aviso As recomendações de compra e venda são o resultado de uma avaliação subjetiva. O investidor deve tomar as suas próprias decisões de acordo com o seu perfil e assumir toda a responsabilidade pelas suas operações.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Crime sem Castigo


Call de 21 de Fevereiro

O Ibovespa fechou o pregão da sexta-feira em alta de +0,56% aos 68.067 pontos. Na semana a alta acumulada foi de +3,51%. No gráfico diário o índice já opera acima da média e próximo do primeiro desvio padrão, mas os dois últimos pregões mostram candles de equilíbrio e volumes decrescentes. O gráfico semanal dá uma indicação de forte reação compradora, mas o fechamento ainda está abaixo da sua média móvel. Todos os índices setoriais mostram uma forte reação compradora, mas ainda testam ou estão próximos de testar resistências importantes (veja o vídeo com o comentário técnico). As principais blue chips PETR4 e VALE5 operam sob a influência do vencimento de opções (na parte da manhã). Hoje é feriado nos EUA (Dia do Presidente) e por tanto perdemos a principal referência do mercado. Os conflitos no Oriente Médio (e norte da África) se agravaram neste final de semana, e já repercutem negativamente nos mercados europeus esta manhã. O momento é de cautela, e o timing é para uma eventual realização de lucros. O posicionamento na ponta compradora neste momento não tem uma relação retorno/risco muito atrativa.

Assisti (neste final de semana) ao filme "Inside Job" (o título no Brasil é "Trabalho Interno", mas concordo com o crítico da Folha que a tradução não foi adequada. O título mais apropriado no Brasil poderia ter sido "Maracutaia"), um documentário sobre a crise de 2008 que concorre ao "Oscar" no próximo domingo. O depoimento dos entrevistados impressiona (assim como as perguntas agressivas e irônicas do entrevistador), e a percepção que fica no final do filme é que nada mudou. Os principais responsáveis pela crise não foram punidos e muitos deles continuam no poder, seja público ou privado. Parece evidente que a crise foi o resultado da ganância que despreza qualquer sentimento de ética e onde os fins justificam os meios. Quando há um enorme incentivo ao risco (bônus fabulosos "adiantados") sem a responsabilidade de arcar com as perdas, tudo é possível. É o "crime sem castigo".

Aviso 
As recomendações de compra e venda são o resultado de uma avaliação subjetiva. O investidor deve tomar as suas próprias decisões de acordo com o seu perfil e assumir toda a responsabilidade pelas suas operações.