segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Petróleo

Call de 31 de janeiro

O pregão de sexta-feira sofreu as consequências da rebelião que ocorre no Egito e também em outros países da região (a revolta começou na Tunísia, onde o governo foi destituído). A preocupação do mercado é de que a crise possa se alastrar rapidamente para os países produtores de petróleo. O petróleo tipo Brent chegou a ser negociado próximo dos US$ 100 o barril. O Egito não é um importante produtor de petróleo, mas é um país muito influente na região explosiva que é o Oriente Médio. As grandes potências mundiais e também as grandes corporações têm interesses estratégicos na região. Por tanto as consequências da crise não se restringem apenas aos países diretamente envolvidos. O atual presidente do Egito está há 30 anos no poder e a sua eventual queda pode mudar o mapa do poder na região. E isso afeta a indústria do petróleo. Tudo está conectado. É o subtítulo do filme "Syriana" (2005) que continua bastante atual e revela de maneira surpreendente os bastidores da indústria do petróleo.

O Ibovespa fechou em baixa de -1,99% aos 66.697 pontos, por tanto romepeu o suporte dos 67.000 pontos. O próximo suporte relevante está no nível de 63.800 pontos (-4,5% abaixo do fechamento de sexta), obtido em agosto de 2010. O Dow Jones interrompeu o movimento de alta iniciado em dezembro e fechou em queda de -1,39%. Assim não conseguiu superar a resistência (psicológica) dos 12.000 pontos e pode iniciar um processo de correção. A crise no Orinte Médio pode ser uma boa justificativa para iniciar um processo de realização de lucros.

A agenda desta semana inclui indicadores econômicos da China (amanhã) e dados sobre o emprego ("payroll") nos EUA (sexta). O cenário para a semana começa bastante negativo e de muita volatilidade. A crise no Egito vai crescer e impactar negativamente os mercados de risco. Talvez seja o momento de apostar na baixa, ao menos no curto prazo.

A tabela abaixo apresenta os ativos recomendados e respectivos pontos de entrada ("Stop de Compra" ou "Stop de Venda"), saída com lucro ("Stop Gain") e saída com prejuízo ("Stop Loss"). Veja também o vídeo com a análise gráfica de cada ativo.  

 
Ativo Fec.Ant. Var. % StopVenda StopLoss StopGain Ret% Risco% Ret/Risco
BRKM5 20,35 -2,4 20,28 21,15 18,65 8,04 4,29 1,87
MMXM3 10,05 -3,83 9,85 10,50 8,55 13,20 6,60 2,00
KLBN4 5,72 -1,89 5,57 5,83 5,05 9,34 4,67 2,00
TNLP4 26,92 -0,85 26,70 27,30 25,50 4,49 2,25 2,00
VIVO4 56,75 -1,68 55,30 58,80 48,30 12,66 6,33 2,00


Aviso
As recomendações de compra e venda são o resultado de uma avaliação subjetiva. O investidor deve tomar as suas próprias decisões de acordo com o seu perfil e assumir toda a responsabilidade pelas suas operações.



























2 comentários:

Anônimo disse...

John Murphy em seu clássico, logo nos primeiros capítilos, quando apresenta o básico, refere-se às lateralizações enquanto preponderantes na maior parte do tempo. Olhando o período de 2006 a 2007 temos uma ilustração. Claro que tudo depende do "timeframe" adotado e da ansiedade diante da "volatilidade psicologicamente tolerável". O semanal do IBOV pode estar vermelho, mas não escapou do retângulo. A pergunta cuja resposta vale uma fortuna é ... e daí em diante? para o norte ou para o sul :)

Eduardo Matsura disse...

O semanal do IBOV apresenta topos descendentes, mas o último fundo (referência de suporte) ainda não foi rompido (se o critério for o preço de fechamento). As bandas se estreitaram e o preço está próximo da banda inferior. O viés é de baixa no gráfico semanal.