O pregão de sexta-feira sofreu as consequências da rebelião que ocorre no Egito e também em outros países da região (a revolta começou na Tunísia, onde o governo foi destituído). A preocupação do mercado é de que a crise possa se alastrar rapidamente para os países produtores de petróleo. O petróleo tipo Brent chegou a ser negociado próximo dos US$ 100 o barril. O Egito não é um importante produtor de petróleo, mas é um país muito influente na região explosiva que é o Oriente Médio. As grandes potências mundiais e também as grandes corporações têm interesses estratégicos na região. Por tanto as consequências da crise não se restringem apenas aos países diretamente envolvidos. O atual presidente do Egito está há 30 anos no poder e a sua eventual queda pode mudar o mapa do poder na região. E isso afeta a indústria do petróleo. Tudo está conectado. É o subtítulo do filme "Syriana" (2005) que continua bastante atual e revela de maneira surpreendente os bastidores da indústria do petróleo.
O Ibovespa fechou em baixa de -1,99% aos 66.697 pontos, por tanto romepeu o suporte dos 67.000 pontos. O próximo suporte relevante está no nível de 63.800 pontos (-4,5% abaixo do fechamento de sexta), obtido em agosto de 2010. O Dow Jones interrompeu o movimento de alta iniciado em dezembro e fechou em queda de -1,39%. Assim não conseguiu superar a resistência (psicológica) dos 12.000 pontos e pode iniciar um processo de correção. A crise no Orinte Médio pode ser uma boa justificativa para iniciar um processo de realização de lucros.
A agenda desta semana inclui indicadores econômicos da China (amanhã) e dados sobre o emprego ("payroll") nos EUA (sexta). O cenário para a semana começa bastante negativo e de muita volatilidade. A crise no Egito vai crescer e impactar negativamente os mercados de risco. Talvez seja o momento de apostar na baixa, ao menos no curto prazo.
A tabela abaixo apresenta os ativos recomendados e respectivos pontos de entrada ("Stop de Compra" ou "Stop de Venda"), saída com lucro ("Stop Gain") e saída com prejuízo ("Stop Loss"). Veja também o vídeo com a análise gráfica de cada ativo.
Ativo | Fec.Ant. | Var. % | StopVenda | StopLoss | StopGain | Ret% | Risco% | Ret/Risco |
BRKM5 | 20,35 | -2,4 | 20,28 | 21,15 | 18,65 | 8,04 | 4,29 | 1,87 |
MMXM3 | 10,05 | -3,83 | 9,85 | 10,50 | 8,55 | 13,20 | 6,60 | 2,00 |
KLBN4 | 5,72 | -1,89 | 5,57 | 5,83 | 5,05 | 9,34 | 4,67 | 2,00 |
TNLP4 | 26,92 | -0,85 | 26,70 | 27,30 | 25,50 | 4,49 | 2,25 | 2,00 |
VIVO4 | 56,75 | -1,68 | 55,30 | 58,80 | 48,30 | 12,66 | 6,33 | 2,00 |
Aviso
As recomendações de compra e venda são o resultado de uma avaliação subjetiva. O investidor deve tomar as suas próprias decisões de acordo com o seu perfil e assumir toda a responsabilidade pelas suas operações.
2 comentários:
John Murphy em seu clássico, logo nos primeiros capítilos, quando apresenta o básico, refere-se às lateralizações enquanto preponderantes na maior parte do tempo. Olhando o período de 2006 a 2007 temos uma ilustração. Claro que tudo depende do "timeframe" adotado e da ansiedade diante da "volatilidade psicologicamente tolerável". O semanal do IBOV pode estar vermelho, mas não escapou do retângulo. A pergunta cuja resposta vale uma fortuna é ... e daí em diante? para o norte ou para o sul :)
O semanal do IBOV apresenta topos descendentes, mas o último fundo (referência de suporte) ainda não foi rompido (se o critério for o preço de fechamento). As bandas se estreitaram e o preço está próximo da banda inferior. O viés é de baixa no gráfico semanal.
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