quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Estrela cadente?


Ontem, no início do pregão, o Ibovespa chegou a subir +1,5%. Deu a impressão de uma retomada da forte alta (+2,42%) ocorrida no primeiro pregão de dezembro. Afinal, a tradição do "rally" de final de ano não seria quebrada. Mas a alegria não durou mais do que uma hora. A aproximação da resistência dos 70.800 pontos atraiu um forte movimento de vendas. A pressão vendedora foi consistente até o leilão de fechamento. O Ibovespa fechou na mínima do dia, em baixa de -0,31% aos 69.338 pontos (uma perda intradiária de quase 1.500 pontos). Nos EUA, o índice Dow Jones chegou a atingir a máxima do ano, mas também devolveu todo o ganho intradiário, para fechar estável em -0,03%.

O movimento do Ibovespa, caracterizado por uma forte alta inicial seguida de uma reversão ainda maior, caracteriza o padrão candlestick "estrela cadente". Graficamente observamos uma longa sombra superior e um pequeno corpo real na parte inferior do candle. Esta figura aparece durante um movimento de alta e próximo a um topo ou uma resistência. A abertura em GAP de alta, uma longa sombra superior e um corpo real pequeno e negativo, reforçam a sinalização de reversão do movimento altista. A figura representa inicialmente uma forte realização de lucros da parte dos compradores. Entretanto, a continuidade das vendas no pregão seguinte pode significar uma inversão do movimento de alta, principalmente se acompanhado por um aumento significativo de volume.

A proximidade do topo no Dow Jones trouxe de volta a maior presença dos vendedores. No pregão de ontem os compradores não tiveram forças para reagir. A primeira batalha foi vencida pelos vendedores. Hoje os compradores tem outra chance de mostrar a sua força. Pode ser um dia decisivo para mostrar quem afinal tem o controle do mercado. Por enquanto o poder ainda está nas mãos dos ursos (vendedores).

Apesar do cenário pouco favorável para os compradores, vale a pena "ficar de olho" em algumas raras oportunidades. Veja o vídeo com a análise das ações recomendadas.

As recomendações são baseadas em uma análise subjetiva, o investidor deve avaliar cada uma delas de acordo com o seu perfil de risco; cabe a cada investidor a decisão final e a responsabilidade pelos resultados.

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