O Ibovespa fechou outro pregão no "zero a zero", com perda mínima de -0,07% aos 66.902 pontos. Mas o acumulado na semana foi negativo em -1,71%. Nos EUA o índice Dow Jones fechou em alta de +0,51% na sexta-feira, mas perdeu -2,11% em uma semana (curta nos EUA) que começou com dois pregões de forte queda ("rally" do petróleo) e uma reação modesta no final. A crise na Líbia (e países vizinhos) continua, mas o preço do petróleo pode ter chegado a um limite de alta e o viés agora é de queda (veja o post de sexta-feira).
Nesta semana outros fatores (internos) podem "pesar" mais na Bovespa. Hoje às 12:30 horas, Mantega e Miriam Belchior apresentam o detalhamento do corte de R$ 50 bilhões no orçamento da união. O governo vai ter a oportunidade de mudar a percepção pessimista que o mercado tem em relação à eficácia da política fiscal. Quarta-feira sai a nova taxa de juros. O mercado está "dividido" entre as apostas de aumento de +0,50% e +0,75%. Na quinta-feira tem o PIB (4 tri) e na sexta o IPCA (índice oficial de inflação) de fevereiro. Vai ser uma semana (pré-carnaval) decisiva para avaliar os métodos e as medidas de combate a inflação, assim como os números de importantes indicadores econômicos. "Dilma" (retratada acima na "Economist" da semana passada) já obteve uma vitória política na semana passada (aprovação do salário mínimo) e agora "mostra a cara" para o mercado financeiro. Se convencer o mercado, a bolsa pode voltar a subir.
Por enquanto os gráficos do Ibovespa e dos índices setoriais seguem com um viés de baixa. Entretanto, o desenrolar dos acontecimentos (nacionais e internacionais) desta semana pode alterar o rumo. Vamos ficar atentos, podem surgir oportunidades de compra ainda esta semana, antes da "folia". Veja abaixo, o vídeo com a análise técnica dos principais indicadores da Bovespa.
Aviso As recomendações de compra e venda são o resultado de uma avaliação subjetiva. O investidor deve tomar as suas próprias decisões de acordo com o seu perfil e assumir toda a responsabilidade pelas suas operações.
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